Relato Literário

"Bem, me chamo Johhn tenho 24 anos e lembro me como se fosse hoje meu primeiro encontro com a literatura. Foi meio difícil, sempre fui apaixonado por livros mas na minha escola literatura não era tão trabalhada assim, tinha biblioteca mas era um protocolo para poder liberar livros. Só passei a ler livros mesmo quando pude comprar os meus. Certa vez falei aos meus pais que gostaria de ler um romance, sempre tive vontade de lê-los, porém fui super apedrejado com discursos machista e preconceituosos como: “quem ler romances são meninas”, “você não vai ler isso” até que isso me frustrou bastante e não tive mais contato, dei uma pausa até começar fazer uns bicos e comprar uns livros que naquele tempo minha grana era tão pouca e eram tão caros.

Meu primeiro livro foi o menino do pijama listrado, e quando terminei de ler eu chorei tanto, foi uma emoção tamanha que eu não saberia explicar. Foi um encontro que mexeu comigo, logo após eu vi o filme, foi bom, mas não se compara né?

Meu primeiro romance o qual li escondido dos meus pais foi de uma prima, peguei escondido, “Um porto seguro” de Nicholas Sparks, livro maravilhoso por sinal.

Certo dia, conversando sobre livros com uma amiga minha, ela apresentou um tipo de literatura diferente, meio que um tabu para muitos, inclusive para público homem que é a literatura erótica. Lembro-me como se fosse hoje da minha primeira leitura da série 50 tons da E. L. James livros esses que fizeram tanto sucesso que se tornou filme. Lê-los me abriu desejos para outros de mesma linguagem como livros da escritora Megan , Tatiana Amaral, Sylvia Day, entre outras várias, abrindo caminho e despertando várias alegrias para mim.

Meu contato com os clássicos da literatura foi na Universidade. Sou estudante de letras vernáculas com literatura e tive/tenho muitas disciplinas obrigatórias das quais trabalham clássicos como Dom Casmurro, a hora da estrela, vidas secas, Iracema e muitos outros clássicos da literatura brasileira, dos quais jamais imaginava existirem e serem tão bons. No meu tempo de estudante nível fundamental e médio não era trabalhado esse tipo de literatura, e eu acho que é por que falta para muitos estudantes a prática de leitura, não só a obrigatória mas a por prazer, que cause desejos e interesse nos estudantes.

Com a literatura foi possível abrir vários caminhos para minha vida, abrangendo meus conhecimentos, melhorando meu nível de escrita, meus discursos poderiam ser pautados em teorias já lidas e exemplificadas. Então acredito ser de suma importância a literatura na vida de um sujeito, e o que permite ser uma pessoa melhor e com atitudes e ideias pertinentes. Meu maior sonho é me formar e poder ser um professor melhor dos que eu tive, mostrar que: "há coisas que só a literatura com seus meios específicos pode nos dar" como diz Ítalo Calvino. Frase essa que faz total sentido e se pararmos para refletir sobre, poderemos ver a veracidade dela.

Por fim, deixo um conselho: leiam, seja literatura, seja gibis, seja contos, seja histórias etc. NÃO importa o gênero e sim o que você ganha com isso, quais forças é possível serem tiradas de tal ato."

Relato por Jony Matehus de Oliveira, estudante de Letras Vernáculas da UNIJORGE.