O primeiro grande contato com a leitura

Eu deveria ter de 6 à 8 anos, não lembro exatamente a data, mas a situação ainda é clara em minha memória. Passava todos os intervalos do meu ensino fundamental com os amigos jogando bola ou brincando com cartinhas pokemon, um dia estava chovendo consideravelmente e já tínhamos sido proibidos de levar as cartas (por algum motivo que não recordo), um amigo deu a ideia que fossemos para a diretoria onde tinham duas enormes caixas com tabuleiros de dama e revistas da Turma da Mônica, infelizmente chegamos tarde para os tabuleiros, mas felizmente resolvi dar uma chance as revistas , que a partir de então, viraram companheiras de intervalo.

Tenho que confessar que só fui dar valor para as histórias de Mônica, Cascão, Cebolinha, Magali e companhia depois de ficar sem opções, mas no momento que eu li a primeira revista não consegui parar! Com o tempo todos da minha turma acabaram lendo e se apaixonando em menor ou maior grau. Apesar de não pode falar em nome de todos, acredito que foi o primeiro contato de grande parte com uma leitura mais leve, que não tinha um caráter 100% educativo ou mesmo “chato”.

E foi a partir de gibis em intervalos de meia hora que embarquei em várias histórias fora da escola que iriam de aventuras no espaço com Gundam de Yoshiyuki Tomino até o mais profundo oceano em Vinte mil léguas submarinas de Júlio Verne. Hoje só posso agradecer a todos que possibilitaram esse contato com a leitura e, tentar de alguma forma retribuir para que isso aconteça com outros.